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Usando ETFs na administração de sua carteira de investimentos

Indicado em especial aos investidores com menor volume de recursos, os fundos de índice promovem diversificação

Por  Equipe dragão e tigre

SÃO PAULO – Uma das maiores dúvidas dos investidores na hora de investir é sobre como deve ser a composição de sua carteira. Em geral, bancos e corretoras recomendam a diversificação do portfólio através da aplicação de parte dos recursos na renda fixa, ações defensivas, oportunidades de mercado, entre outras.

Neste contexto, uma das melhores opções para diversificar o portfólio é o investimento de parte dos recursos em ETFs (Exchange Traded Funds). Esta modalidade é indicada especialmente para aqueles investidores que dispõem de uma quantia mais restrita para fazer suas aplicações em diferentes tipos de investimentos.

Diversificação
O educador financeiro e fundador do Centro de Estudos e Formação de Patrimônio Calil e Calil, Mauro Calil, ressalta a importância de uma maior diversificação por parte do investidor. Se, antes, ele tinha um valor limitado e, por isso, investia em apenas um ativo, agora, com os ETFs, ele pode dividir esse valor e investir em outros fundos nos quais acredita em retorno.

“A pessoa podia fazer isso ao comprar no mercado fracionário, mas a liquidez é bem baixa”, explicou o educador. Na verdade, os ETFs, por si só, já promoviam a diversificação. Isso porque, ao escolher um fundo de índice, o investidor aplica, ao mesmo tempo, em uma carteira de ações de diferentes companhias, o que remete a uma diversidade maior para o portfólio e também a um risco menor de perda.

 Além disso, os ETFs também podem ser utilizados como uma forma mais simples e fácil de acompanhar um investimento em ações de um índice, sem necessariamente precisar ficar de olho na oscilação de diversos papéis separadamente.

Opções
O diretor de mercados de capitais da BlackRock, Saulo Mendes, explica que uma alternativa para utilizar os ETfs em sua carteira de investimentos é através dos derivativos. Segundo o executivo, é possível operar, por exemplo, opções sobre os fundos de índice atualmente listados na BM&F Bovespa. “Essas opções são registradas na bolsa e seguem a mesma cartilha das opções sobre ações comuns. Ou seja, toda terceira segunda-feira de cada mês, existem séries abertas”, disse.

Além disso, Mendes explica que outra alternativa para administrar os ETFs é através do aluguel dos fundos. “Eu posso alugar um BOVA11 (fundo que replica o Ibovespa), por exemplo, criando o que chamamos de short. Nada mais é do que compor uma cesta de ações e usar o BOVA11 para me proteger de uma possível baixa, buscando, então, uma performance superior nesta cesta que eu estou construindo. Hoje a taxa de aluguel gira em torno de 3,5% a 4% ao ano. Através do meu corretor, então, ele consegue tomar este papel emprestado, depois eu vendo no mercado e  compro uma cesta que eu determinar”, destacou.

Mendes argumenta ainda que uma boa estratégia para compor sua carteira de investimento utilizando os ETFs é a chamada “núcleo/satélites”. “Eu tenho uma cesta muito parecida com o Ibovespa, só que dentro do Ibovespa, por exemplo, eu tenho uma participação muito pequena do setor imobiliário, ou do setor de consumo, e eu quero ter mais exposição a estes dois setores, neste caso, eu posso compor esta cesta comprando dois ETFs, um de cada setor desejado. Ou seja, eu utilizo a estratégia núcleo/satélites”, explicou o executivo.

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