SÃO PAULO – Impulsionados pela desvalorização do dólar, os principais contratos de petróleo fecharam a última sessão de 2010 com expressiva alta, com destaque para o contrato negociado em Nova York, que atingiu no intraday seu maior patamar em 26 meses. A agenda econômica escassa e o fraco volume de negócios marcaram as negociações desta sexta-feira (31).
A cotação do barril do petróleo Brent, negociado em Londres, fechou a US$ 94,59, avanço de 1,6% em relação ao último fechamento. Já o contrato mais liquido negociado no mercado de Nova York (com vencimento em fevereiro de 2011) teve alta de 1,7%, ficando cotado a US$ 91,38 por barril. No intraday, esse contrato chegou a valer US$ 92,06, seu maior patamar desde 7 de outubro de 2008.
Assim, o fechamento em 2010 em ambos os mercados cravou valorização acima de 10% – o petróleo Brent registrou alta de 22% no ano, ao passo que o barril negociado em Nova York subiu 15%.
Dólar fraco
Sem eventos na pauta econômica, a depreciação do dólar perante o euro – com a moeda da comunidade europeia atingindo seu maior patamar frente a divisa norte-americana em mais de um mês – teve ainda mais impacto nos mercados. Diante desse cenário, o petróleo lastreado em dólar acaba ficando mais “barato”, por conta da queda da moeda em que [e negociado. A um preço mais atrativo, a demanda aumenta, puxando consigo as cotações da commodity.
Esse evento não se restringe apenas ao petróleo. As cotações do cobre no mercado futuro, por exemplo, voltaram a atingir patamares históricos, subindo 1,8% nesta sexta-feira. Já o o contrato da platina se valorizou em 1,7% frente ao fechamento anterior.