SÃO PAULO – O JPMorgan revisou recomendações de duas empresas do Ibovespa nesta sexta-feira (19). A Cielo (CIEL3) e Natura (NATU3) tiveram suas recomendações cortadas para neutro, ante overweight (desempenho acima das expectativas), enquanto a Cetip (CTIP3) foi elevada para overweight. Fora do índice, o banco de investimentos reiterou classificação overweight para as ações da BB Seguridade (BBSE3) e Brasil Insurance (BRIN3), enquanto manteve recomendação neutra para Porto Seguro (PSSA3).
No caso da Cielo, os analistas Domingos Falavina, Saul Martinez e Christopher Delgado comentaram que a revisão para baixo deve-se a recente perfomance dos ativos, que registram no ano valorização de 19,42%, contra queda de 22,47% do Ibovespa. Eles explicam que a ação da empresa atualmente é negociada a 15,8 vezes o P/L (Preço sobre Lucro) de 12 meses – nível mais alto da história -, sendo um indicativo de que o papel está “caro”, enquanto ventos contrários ainda podem soprar no médio prazo diante do risco de mudanças regulatórias no setor.
O preço-alvo para 2014 foi ajustado para R$ 58,00, contra R$ 53,50 estimado para este ano, o que representa um novo potencial de alta de 4,52% em relação ao fechamento da última quinta-feira (18).
Já a Natura foi revisada diante de expectativa de recuperação das vendas apenas no quarto trimestre, baixos ganhos de produtividade, enquanto aumentam as despesas de marketing para defender o market share. O preço-alvo também foi cortado de R$ 56,00 para R$ 51,00, representando potencial de alta de 14,61%.
Por sua vez, a Cetip foi elevada em função do valuation descontado e diminuição do risco percebido no segmento de financiamento de veículos. O target dos papéis é de R$ 26,00, representando potencial de valorização de 14,19%.
BB Seguridade é top pick do setor de seguros
Entre as empresas do setor de seguros, os analistas apontaram que a BB Seguridade segue como a top pick, na expectativa de que os resultados do segundo trimestre trarão surpresas positivas para os investidores apesar do ainda ofuscado resultado financeiro, enquanto para Brasil Insurance, os analistas esperam por balanço melhor do que o do primeiro trimestre, impulsionados pela sasonalidade das receitas.
Por fim, a recomendação da Porto Seguro deve-se a observação de que, embora não acreditem numa competição irracional, quando comparado com as dificuldades de 2011 e 2012, os riscos das margens estão distorcidos.