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Como alocar os recursos em um mundo “novo normal”? Motley Fool dá as dicas

No cenário de pouca alavancagem e economias focadas no crescimento real, quais são os fatores a relevar?

Por  Rafael Souza Ribeiro

SÃO PAULO – Ao longo dos anos, grande parte dos investidores ao redor do mundo foram beneficiados pela política monetária e fiscal expansionista adotada pelos Estados Unidos. A ideia de estimular a economia fornecendo crédito e retroalimentando os estoques gerou riquezas e criou imensos conglomerados.

Contudo, muitos economistas e analistas rebatem este tipo de política, pois, ao invés de promover o acréscimo de investimento produtivo real, apenas incentiva um “virtual” crescimento, que se desfaz a qualquer mazela sistêmica. As crises financeiras nos EUA são um exemplo desta fragilidade.

O último colapso econômico, considerado por alguns especialistas como a maior crise desde 1930, colocou em xeque a política de alavancagem adotada pelo governo dos Estados Unidos e abriu espaço para a discussão de políticas econômicas mais sustentáveis.

Bill Gross, diretor do fundo de investimento Pimco, cunhou o termo “novo normal”, que consiste em políticas menos alavancadas e focadas na economia real (produção, demanda interna…), propondo uma mudança de foco do crescimento, das exportações para a demanda doméstica, tendo em vista a debilitada conta pública.

Investindo no “novo normal”
Colunista do site de investimentos norte-americano Motley Fool, o analista Anand Chokkavelu convenceu alguns personagens a investirem em um mundo de “novo normal”.

Neste cenário, uma boa oportunidade de aporte consiste em investimento junto às empresas com dividend yields altos, tendo em vista o crescimento da economia em torno de 2%. Focar também nas empresas com “canais monopolistas”, ou seja, que atuam em mercados com barreiras à entrada consideráveis e enfrentam pouca concorrência.

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Se a tese de Gross estiver correta, o analista Alex Dumortier, da Seeking Alpha, sugere duas alternativas de investimento. No gap de mercado entre as empresas que fornecem franquias e, ao mesmo tempo, enfrentam pouca pressão competidora, como a Visa.

Outra alternativa, recorrente nos últimos tempos, é focar os investimentos em economias emergentes, uma vez que tendem a postar crescimento maior do que o esperado pelo mercado e superior às economias desenvolvidas.

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