dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/%blog%/Notícias, ações e muito mais sobre investimentos. Informação que vale dinheiro.Fri, 22 Sep 2023 18:11:57 +0000pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.3.1https://www.coupondealsclub.com/wp-content/uploads/2019/10/IM-Favicon.png?fit=32%2C32&quality=70&strip=alldragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/%blog%/3232dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/o-mundo-sobre-muitas-rodas/o-inicio-do-fim-do-carro-eletrico-no-brasil/Fri, 22 Sep 2023 18:11:57 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2249992Fim da isenção de Imposto de Importação para carros elétricos pelo governo emperra chances do desenvolvimento deles no país

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Caros leitores, digníssimas leitoras,

Há exatos sete dias, fizemos um texto mostrando a chegada do novo carro elétrico da Volvo. Um SUV pequeno “topzera”, na faixa de R$ 220 mil, que tenderia a dar uma nova dinâmica para o mercado de carros eletrificados.

Mas, no melhor conceito BandNews FM, “em 20 minutos, tudo pode mudar”. Eis que o atual (des)governo brasileiro acabou de enterrar qualquer sobrevida ou chance de desenvolvimento do carro elétrico no mercado brasileiro!

Mas, afinal de contas, o que aconteceu?

Pois bem, o (des)governo federal declarou que encerrará a isenção do Imposto de Importação para carros elétricos e que voltará a cobrar a alíquota vigente.

E qual é o “tamanho da mandioca”?

É de “singelos” 35%. Isso quer dizer que o carro novo lançado pela Volvo por R$ 220 mil deverá passar a custar por volta de R$ 300 mil. Ou seja, além dos impostos que a Volvo já paga, neste exemplo o (des)governo federal vai abocanhar mais R$ 80 mil. Numa analogia simplista, se o carro chegar por R$ 300 mil, praticamente a metade (ou até um pouco mais) do valor do carro será de impostos.

Mas calma! Segundo o secretário do MDIC, o aumento será escalonado em até três anos. Além disso, é por um motivo nobre, na visão do secretário: “o que podemos fazer para estimular a produção local? Tornar as importações um pouco mais difíceis ou mais caras”.

Deixa eu ver se entendi: existem dezenaS de montadoras no Brasil, algumas com quase 100 anos de história (a GM está por aqui há 93 anos, com fábrica e operando há 95 anos) e só agora perceberam que é necessário um “incentivo” para poder produzir um veículo eletrificado?

Nota do estagiário: excluo os japoneses da Toyota da pergunta acima

O grande problema de quase todo (des)governo é que tentam emplacar uma medida falida esperando um resultado diferente!

Vamos aos exemplos: para começar, tem o último “desconto patrocinado” pelo (des)governo federal com valores entre R$ 2 mil e R$ 8 mil que não serviu para muita coisa.

Mas se a alegação é que a indústria estava megaestocada com quase 251 mil veículos no mês de maio e muitas sinalizavam que parariam suas produções fabris, acredito que hoje, com os seus quase 245 mil veículos estocados, deveremos ter novas paralisações das fábricas até o final do ano.

Pois, afinal de contas, o nível de estoque se manteve inalterado – na estratosfera. Além disso, a atividade econômica anda de lado como caranguejo e o crédito automotivo se encontra em LINS (LugarIncerto e NãoSabido).

Essa última medida veio para frear a ascensão de algumas marcas como a própria Volvo, a GWM e a BYD – combinadas, as três marcas possuem 1,2% do mercado. Se pegarmos os outros carros elétricos vendidos por BMW, Porsche e afins, estamos falando de 1,5% do mercado.

Aqui faço um questionamento a você, caro leitor(a) casado(a): como foi seu processo para se casar? Aposto que a grande maioria seguiu o seguinte trâmite: se conheceram -> namoraram -> noivaram -> se casaram.

E o processo é o mesmo para qualquer negócio de grande investimento!

GWM ou BYD, por exemplo, vinham seguindo essa trajetória – e de forma até rápida. Elas vieram para cá estudar o mercado (“se conheceram”); começaram a importar seus produtos para testar a aceitação (“namoraram”); e estavam em fase de construção de fábrica e consolidação da marca.

O ponto aqui é que o (des)governo decretou que, daqui para frente, “só se casando”! Mesmo demonstrando a intenção de casar-se (no futuro), o conceito agora é: ou casa, ou vaza!

Medidas como essa já foram tomadas no passado, quando o (des)governo da presidente Dilma Rousseff implementou seu programa INOVAR-AUTO. Na época, decidiram limitar a importação de carros para 4,8 mil unidades/ano (400 veículos/mês), por marcar além de uma sobretaxa de 30% no imposto de importação.

Naquela época, marcas que estavam tentando se instalar no Brasil sucumbiram, como a JAC e a Chery – esta só ganhou sobrevida devido ao ‘Toque de Midas’ do falecido Dr. Carlos, criando a empresa CAOA-CHERY. O programa era tão ruim, mas tão ruim, que vários governos (Japão, Comunidade Europeia, Estados Unidos, Argentina e China) representaram contra o Brasil na OMC.

A conclusão da OMC na época foi que “a política industrial nacional é ilegal em três pontos: imposição de regime tributário mais pesado para bens importados do que aos nacionais; concessão de incentivos fiscais a quem produz localmente e oferta de subsídios às empresas exportadoras”.

Resumindo, a OMC decretou que o programa INOVAR-AUTO era ilegal!

Mas o estrago já havia sido feito.

Hoje, no melhor estilo Orloff (“Eu sou você amanhã”), a história se repete!

Marcas que estavam trazendo produtos de ponta, tanto em tecnologia como em motorização, irão repensar dez vezes seu business plan. Não é possível fazer uma mudança drástica deste tipo da noite para o dia. Ou porque o pessoal lá da Avenida Indianópolis fica choramingando com a invasão chinesa que está trazendo produto de ponta com custo aceitável (e isso vai impactar no meu PLR no final do ano).

Olha o tamanho da insegurança jurídica que a gente cria!

Isso sem levar em consideração que o atual (des)governo falar abertamente que é defensor ferrenho do “E” do conceito ESG.

Você acredita mesmo, caro leitor, que as marcas daqui irão fazer investimentos para a produção do carro eletrificado? Talvez na próxima década (com sorte)!

Enfim, o pessoal de Volvo, GMW, BYD e outras viveram um conto shakespeariano: “sonhos de uma noite de verão”. Pois, afinal de contas, a vida no Brasil é um pouco mais dura!

Mas parte da culpa é delas…

Quando você chega em Guarulhos, tem uma placa que sinaliza bem todo o nosso processo. Eles só não prestaram atenção:

E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/luiz-fernando-figueiredo/sera-que-o-nosso-pib-potencial-nao-esta-maior/Wed, 20 Sep 2023 17:00:46 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2244139Existe uma boa possibilidade de estarmos subavaliando o nosso PIB potencial

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As surpresas de maior crescimento aconteceram seguidamente nos últimos quatro anos, algo que chama bastante atenção, que, no mínimo, vale alguma investigação a respeito.

Uma breve recapitulação: no início de 2021, o Focus projetava 3,4% de PIB ao fim do ano, o efetivo foi de 5,0%; no início de 2022, o Focus projetava 0,3% de PIB ao fim do ano, o efetivo foi de 2,9%; no início de 2023, o Focus projetava 0,8% de PIB ao fim do ano, e o número deve ser ao redor de 3,0%; e por enquanto, o Focus projeta PIB de 1,5% em 2024, mas há uma significativa chance de ser mais próximo de 2,0% a 2,5%.

Nesse sentido, será que o PIB potencial brasileiro não é mais elevado do que a expectativas atuais, do que os analistas acreditam?

No questionário pré-Copom de junho, a mediana estava em 1,8%.

Ainda que o crescimento potencial seja uma variável não observável e as estimativas acabem divergindo bastante, o principal ponto de discussão que estamos propondo é o histórico de reformas estruturais dos últimos seis anos e seus efeitos.

Algumas cujo efeito não é direto, mas influenciam diretamente na elevação da credibilidade institucional do país e, por conseguinte, ajudando os investimentos.

Esse processo começou com reforma trabalhista realizada em 2017 e, a partir de 2019, a lista se torna bastante extensa: tivemos a reforma da previdência, a independência do Banco Central, inúmeros marcos regulatórios – ferrovias, saneamento básico, startups, lei de liberdade econômica, dentre várias outras.

Além disso, hoje estamos provavelmente na antessala da aprovação da reforma tributária, que tem potencial de elevar o PIB em 1,0 a 1,5% quando estiver em vigor.

E é nesse ponto, que vem a interessante reflexão que Roberto Campos Neto tem feito em suas últimas exposições.

Há oito anos, os economistas diziam que o PIB potencial do Brasil era ao redor de 2,8%. As soluções apontadas para elevar esse valor passava por uma lista de reformas e medidas que aumentassem a eficiência institucional.

Nos dias de hoje, uma boa parte dessa lista já se realizou e por que o PIB potencial é de 1,8%?

Um outro elemento que é consequência de uma das reformas, a reforma trabalhista, é uma NAIRU: uma taxa de desemprego que não acelera e nem desacelera a inflação em patamar mais baixo.

De fato, estamos vendo um mercado de trabalho ainda robusto e resiliente, com desemprego em níveis que não se via desde 2015.

As mudanças positivas do lado microeconômico levam um tempo para surtir efeito e, uma vez que o impacto não é capturado nos modelos econômicos, existem motivos para se afirmar que esse efeito cumulativo parece estar se manifestando em nosso PIB potencial mais elevado.

Um cálculo recente feito pela Buyside, consultoria econômica de bastante qualidade, chegou à conclusão que o nosso PIB potencial está hoje mais para 2% a 2,5% e subindo para 2,6% nos próximos anos, isto sem incluir qualquer efeito da reforma tributária.

Ou seja, existe uma boa possibilidade de estarmos subavaliando o nosso PIB potencial se olharmos os indícios que comentamos acima. Será que não estamos num bom momento para revermos com maior profundidade os nossos modelos?

Este artigo tem a co-autoria do economista da Jive Investments Luan Takada e a base de estudos da Buyside, Andrea Damico e Gustavo Rostelato

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/blog-do-cunha/corrida-pela-tokenizacao-da-moeda-esta-em-pleno-curso/Tue, 19 Sep 2023 17:00:24 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2244797Sendo tokenização o futuro do mercado financeiro, a moeda será o seu principal token

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Desde que, em 2019, o Facebook, hoje Meta, anunciou uma iniciativa para desenvolver sua stablecoin, a Libra, todos os olhos do mundo do mercado financeiro tradicional se voltaram para o tema da “tokenização” da moeda.

Inicialmente, esse nem foi o nome que usaram. Ainda há muita confusão quando vamos para taxonomia e para algumas siglas e definições. Não é preciso ir longe para notar isso, quem acompanhou as declarações de envolvidos na iniciativa do DREX no Blockchain Rio da semana passada conseguiu perceber isso claramente.

Mas aqui quero ir mais para o nível da floresta do que da árvore. Alguns ganhos da “tokenização” da moeda e, posso dizer, de ativos de modo geral, estão praticamente consolidados no mercado. Entre eles, destacaria a facilidade para automatizar processos, divisibilidade, disponibilidade 24 horas por dia, sete dias por semana, transparência e auditoria das transações.

Todos esses ganhos ainda podem ser maximizados pela criação de um ambiente propenso a inovação que essa “tokenização” traz.

Muitos desses ganhos são inspirados em casos de usos que já são amplamente utilizados e testados no ambiente de DEFI. DEFI, por ser um ambiente não permissionário e fora do controle dos governos, ajuda muito que inovações sejam feitas e, no meu ver, mostram o caminho.

À medida que seus testes vão se consolidando, eles demonstram que podemos ter os mesmos casos de uso que temos hoje no mercado financeiro tradicional (tradfi), mas endereçados de maneira muito mais eficiente e trazendo os ganhos colocados acima. Aqui nem estou falando de inovações em DEFI que tragam soluções muito melhores do que tradfi e que só podem ser implementadas em blockchains ou DLTs.

Parece ser questão de tempo para que o mercado financeiro tradicional incorpore muitas dessas inovações que DEFI trouxe. E isso já me parece ser um ponto comum em grande parte das discussões.

Não há ente do mercado financeiro tradicional com quem eu tenha falado nos últimos seis meses que não entre no tema da “tokenização”. De iniciativas de stablecoins, a Bancos Centrais e suas CBDCs, passando por iniciativas focadas em auxiliar casos de uso como remessas internacionais, tudo e todos só falam sobre a “tokenização” e seus efeitos.

E, no centro dessa discussão, está o principal token desse novo ecossistema, aquele que representa a moeda que usamos.

Por moeda que usamos, entendam aqui as moedas fiduciárias: Real, Dólar, Euro, Rembini e por aí vai. São moedas emitidas por Bancos Centrais e que, tirando um ou outro ermitão que viva isolado, todos tem que conviver e utilizá-las recorrentemente em todas as interações que faça. Presenciais ou digitais. Aqui vale a constatação, e a palavra é essa mesma, de que a moeda que utilizamos hoje já está devidamente digitalizada em vários formatos, e próximo passo agora é sua “tokenização”.

Entendo “tokenização” como um token que trafegue em uma rede de Blockchain ou DLT. Isso é importante definir pois o termo “token” vem de bem antes dessas tecnologias e muitos o utilizam simplesmente como sendo a representação digital de alguma coisa. Não é disso que estou falando. “Token”, no conceito que uso aqui, é uma representação desse ativo em uma rede de Blockchain ou DLT.

Essa “tokenização” da moeda responde, em geral, por dois nomes: stablecoins ou CBDCs. Do ponto de vista da tecnologia, a diferença entre ambas é pequena. Mas, do ponto de vista do seu emissor, ela é enorme.

Stablecoins são tokens representativos de moedas fiduciárias em uma Blockchain ou DLT. Há várias formas e modelos para se garantir que essas stablecoins tenham, ou busquem, paridade com o ativo que elas representam, sendo o mais comum o de terem 100% em colateral esse ativo. USDT, USDC e várias outras seguem esse caminho. A operacionalização desse mecanismo de ter 100% de lastro para cada token emitido é feita por uma empresa privada.

No caso de uma CBDC, essa emissão do token representativo da moeda é feita pelo próprio BC.

Como os BCs tem a autonomia de emitir a própria moeda, isso já torna a CBDC melhor do que qualquer stablecoin lastreada que, para além do risco de operacionalização do colateral, tem o risco de crédito do operador, ou emissor da stablecoin.

CBDC tem lastro na confiança do Banco Central. Tal qual a moeda em si. Ao passo que as stablecoins lastreadas têm lastro na moeda emitida pelo BC. Mas, em última instancia, a confiança tem que ser depositada na entidade privada que gerencia esse lastro.

Nos últimos anos, essa disputa para ver quem tem o token de moeda instaurado tem sido enorme. Algumas soluções surgiram do lado das stablecoins, outras morreram e, hoje, temos esse modelo de 100% de colateralização presente nas duas maiores, USDT e USDC, que respondem pela parte majoritária da utilização de tokens representativos da moeda no campo de DEFI.

A USDC, especificamente por ter envolvida a Coinbase, principal exchange americana e uma das maiores do mundo, ganhou uma boa tração em 2022, mas vem perdendo volume e significância após o evento do Silicon Valley Bank (SVB). Em trajetória oposta, vem a USDT.

Muito já se especulou sobre ela ter ou não o colateral que diz ter e, nos últimos anos, a governança e transparência sobre isso vem aumentando muito.

Do ponto de vista das CBDCs, temos notícia nova toda semana e, muitas vezes, mais do que uma por semana.

Praticamente todos os BCs do mundo estão envolvidos em algum tipo de teste, piloto e/ou grupo de estudos em relação a isso. A China já tem testes sendo feitos. O Banco Central do Brasil já tem piloto do DREX andando. Austrália e Hong Kong acabaram de soltar relatórios sobre pilotos realizados. E por aí vai.

Além disso, plataformas como a SWIFT tem operado, em ambiente restrito, alguns testes com operações reais bem interessantes. Vale lembrar também do BIS, que por meio de seu Innovation Hub, tem coordenado muitos projetos que envolvem vários BCs sobre o tema da interoperabilidade e das transações transfronteiriças.

Como alguém que está acompanhando isso de perto há pelo menos cinco anos, vejo que o momento de estudos e testes em tradfin está se consolidando. Muito em breve isso tudo estará à disposição de todos. Do ponto de vista de DEFI, também há hoje uma maturidade muito maior nos protocolos e diversos casos de uso devidamente consolidados.

Estamos nos aproximando a passos largos do momento em que utilizaremos a moeda “tokenizada” de forma fácil, ágil e transparente, viabilizando a eficiência e casos de uso somente possíveis devido a isso. E o melhor: a maioria de nós talvez nem perceba isso acontecendo.

Seguimos em contato nos links abaixo:

FinTrender.com,YouTube,LinkedIn,Instagram,Twitter,Facebook e podcast FinTrender

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/o-mundo-sobre-muitas-rodas/testamos-ex30-o-suv-eletrico-de-preco-acessivel-da-volvo/Fri, 15 Sep 2023 20:15:00 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2243807Você consegue ter um Volvo elétrico por R$ 220 mil, com todas as traquitanas de segurança, conforto e tecnologia – mas com o espaço interno de um Jeep Renegade

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Caros leitores, digníssimas leitoras,

Eis que nesta semana os “vikings” da Volvo fizeram o lançamento do seu novo carro para a América Latina, o EX30, lá no Rio de Janeiro. E aí, como não tínhamos o que fazer, fomos lá ver qual é a do carro.

O primeiro ponto que chamou a nossa atenção foi o design. Gente, os designers da Volvo, no melhor estilo viking, meteram o martelo do Thor na frente do carro – os dois faróis!

Foi do caramba essa sacada! Estando lá no Rio de Janeiro, já imaginamos aquele crossover entre os míticos personagens da Marvel e de “Cidade de Deus”: “Dadinho é o car@#$%, meu nome agora é Thor Ragnarok!”

Devaneios à parte, qual é a do carro?

Ele é o novo carro de entrada da marca. Ele é nada mais, nada menos, do que um SUV pequeno (premium e elétrico).

Só para vocês entenderem, tem 4,233 m de comprimento – o Jeep Renegade, por exemplo, tem 4,268 m de comprimento. Para comparar, o SUV eletrificado de entrada mais vendido (Corolla Cross) tem 4,460 m de comprimento. Ou seja, o EX30 é 23 cm menor que o carro da Toyota.

Isso quer dizer que, assim como a maioria dos concorrentes dele, se você tiver mais de 1,80 m, vai sofrer para viajar no banco de trás. Sente o drama:

E com quem ele quer concorrer? Com o mercado de SUV B Premium, onde entra um monte de gente, tipo o Jeep Compass, Corolla Cross, VW Taos, Chevrolet Equinox e mais uma infinidade de modelos.

Qual o diferencial do carro? Por se tratar de um SUV B Premium e elétrico, o preço dele é mega acessível: R$ 219,95 mil.

Apesar de estar totalmente fora da realidade da bolsa-auxílio deste vil estagiário, dentro do mercado automotivo o preço se assemelha ao de um Jeep Compass (R$ 216 mil), um Corolla Cross (R$ 210 mil), GM Equinox (R$ 218 mil) e por aí vai – mas com o diferencial de ser um carro elétrico.

O que o pessoal da Volvo quer é trazer novos consumidores para os seus produtos. Ou seja, desceu um degrau na oferta de um produto novo para atender uma camada gigantesca de consumidores. E o “mais-melhor-de-bom” é que não depenaram o carro para chegar num preço atrativo.

Por se tratar de um Volvo, o EX30 tem todos os “paranauês” de segurança possíveis e imagináveis, como o “Safe Space”, que alerta os passageiros em caso de abertura de portas próximos a ciclistas, pedestre e motociclistas, além dos já “obrigatórios” alertas de colisão frontal, frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa de rolamento, leitura de placas de trânsito, alerta de tráfego cruzado traseiro e mais um monte de coisa – sem contar os sete airbags.

E a autonomia dos carros? A versão de entrada tem autonomia de 344 km. Já as demais versões, que possuem configurações de bateria diferente, chegam a 476 km.

As versões disponíveis são:

– Core Single Engine (51kWh) – R$ 219.950
– Core Single Engine Extended Range (69kWh) – R$ 239.950
– Plus Single Engine Extended Range (69kWh) – R$ 264.950
– Ultra Single Engine Extended Range (69kWh) – R$ 279.950

E para o público ESG, o novo EX30 tem a menor pegada de carbono dentre todos os carros da marca, segundo André Bassetto, diretor de produto e planejamento da Volvo: “Na sua composição, cerca de 25% do alumínio e outros 17% de aço e plástico são recicláveis. Isso significa que o EX30 tem a maior proporção de materiais recicláveis do que qualquer outro carro do nosso portfólio”.

O resumão da viagem é que você consegue ter um Volvo elétrico por R$ 220 mil, com todas as traquitanas de segurança, conforto e tecnologia, além de ficar bem na fita no conceito ESG – mas com o espaço interno de um Jeep Renegade. E, comprando na pré-venda, você recebe um carregador portátil e um Wallbox de 7,4 kW.

Vai vender? Dez horas depois do lançamento, eles já tinham registrado 1.500 unidades vendidas, que só vão chegar lá para março.

E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.

Ou me segue lá (onde sou menos perdido) no Facebook,Instagram,LinkedIneTwitter.

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/evandro-buccini/construindo-uma-carteira-de-investimentos-diversificada-no-brasil/Wed, 13 Sep 2023 17:00:24 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2238385Diversificação investimentosO principal benefício da diversificação é a capacidade de reduzir a volatilidade para um determinado retorno esperado da carteira, ou seja, assumindo menos risco é possível obter a mesma expectativa de rentabilidade

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A elevada taxa de juros real no Brasil nas últimas décadas impediu a difusão da diversificação e de outras técnicas internacionalmente aceitas para a formação de carteira de investimentos no país. A ampla oferta de títulos públicos pós-fixados acostumou os investidores a altos retornos com baixo risco percebido. No entanto, a melhora institucional e fiscal no final da década de 1990 permitiu a redução das taxas de juros, abrindo espaço para o surgimento de novas classes de ativos com desempenho superior ao CDI.

Em todo o mundo, incluindo o Brasil, investidores profissionais reconhecem que a primeira e mais importante etapa do processo de gestão de investimentos, sempre de longo prazo, é a formulação da política de investimento. Essa política deve definir os objetivos de risco e retorno do investidor, levando em consideração as necessidades da instituição, juntamente com um profundo conhecimento dos ativos disponíveis e de suas correlações. A alocação dos investimentos em um portfólio decorre dessa política, geralmente aprovada em um comitê de investimentos.

Para manter o portfólio alinhado com a política de investimentos, investidores institucionais realizam ajustes periódicos nas ponderações dos ativos que o compõem. Essa estratégia de rebalanceamento também é recomendada para investidores individuais. Muitas vezes, esse processo envolve a venda de ativos em alta e a compra de ativos em baixa, sendo ideal que as regras sejam simples e mecânicas para evitar interferência emocional na alocação ótima.

Na maioria dos países, o portfólio resultante desse processo é diversificado em várias classes de ativos e geografias. No entanto, no Brasil, mesmo entre investidores institucionais, mais de 60% das alocações ainda estão concentradas em renda fixa, e praticamente 100% dos investimentos são feitos no próprio país.

O principal benefício da diversificação é a capacidade de reduzir a volatilidade para um determinado retorno esperado da carteira, ou seja, assumindo menos risco é possível obter a mesma expectativa de rentabilidade. Harry Markowitz chamou a diversificação de “o único almoço grátis em investimentos” devido a essa característica.

Nos Estados Unidos, a alocação de ativos na carteira é amplamente direcionada para a renda variável, devido ao longo histórico de preços das ações, que demonstra que, a longo prazo, o risco vale a pena. No entanto, no Brasil, a escolha entre os modelos de investimento diverge entre investidores institucionais e pessoas físicas. Os primeiros, como o CIO do endowment de Yale, David Swensen, defendem uma maior alocação em ativos de risco, investimentos ilíquidos e gestores ativos. Enquanto isso, os segundos priorizam o investimento em fundos passivos com custos extremamente baixos, seguindo a filosofia de John Bogle, fundador da Vanguard.

Essa divisão reflete o fato de que, nos EUA, a minoria dos fundos ativos de ações supera seu benchmark, principalmente após o desconto das taxas de gestão. Os investidores institucionais, com equipes especializadas, têm mais chances de identificar os vencedores, mas isso é caro e requer um nível de sofisticação indisponível para pessoas físicas.

No Brasil, as taxas de juros extremamente elevadas desestimularam a busca por diversificação em várias classes de ativos e em outros países. Além disso, a existência de títulos pós-fixados, como as LFTs, permitiu que os investidores lucrassem com o aumento das taxas de juros. Essa combinação proporcionava altos retornos reais com pouco esforço e volatilidade, apesar da concentração no risco de crédito soberano do país.

O processo gradual de queda das taxas de juros, que ganhou força a partir de 2003, incentivou o surgimento de diversas opções de investimento comuns em outras partes do mundo, mas ainda recentes no Brasil, como títulos pré-fixados, fundos imobiliários e fundos multimercados. Esses ativos permitiram a criação de carteiras com rentabilidades superiores ao CDI desde 2005.

Mesmo com o cenário favorável da última década, os principais índices de ações tiveram desempenho inferior à renda fixa após julho de 1994. Isso se deve às elevadas taxas de juros no início do Plano Real, às crises de 2001 (racionamento de energia, default argentino e ataques terroristas nos EUA) e 2002 (eleição de Lula) e à política econômica adotada após 2009.

No entanto, os fundos ativos de ações tiveram melhor rentabilidade do que o índice Ibovespa durante o mesmo período, apesar do pequeno universo no início da amostra. Os resultados de um estudo detalhado desses fundos mostram que eles são caracterizados por alta volatilidade e mortalidade, mas no Brasil, eles superaram o desempenho do índice Ibovespa, que é o principal benchmark.

Portanto, atualmente é possível construir uma carteira de investimentos diversificada no Brasil. Apesar das diferenças de retorno entre ativos no Brasil e no exterior, é crucial alocar uma parte dos investimentos fora do país.

Adivinhar qual ativo terá o melhor desempenho e tentar antecipar movimentos pode ser um tópico interessante para discussões entre amigos, mas isso não é investir. O investimento é uma atividade de longo prazo que começa com a formulação de uma política que define objetivos de risco e retorno. Sabendo que a maior parte dos retornos é determinada pela alocação em diferentes classes de ativos, a elaboração cuidadosa dessa política é crucial. A seleção de ativos individuais e a tentativa de antecipar movimentos de mercado contribuem apenas de forma limitada para os retornos e carregam riscos elevados.

O papel de um assessor ou planejador financeiro é ajudar o cliente a criar sua política de investimento e mantê-lo fiel a ela por meio de rebalanceamentos e revisões periódicas, embora não frequentes. Além disso, eles devem auxiliar na escolha dos melhores gestores em cada classe de ativo.

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/denise-bueno/seguro-de-responsabilidade-civil-de-executivos-vive-novo-dilema-com-decisao-de-toffoli/Mon, 11 Sep 2023 14:00:42 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2238387Seguradoras terão de reembolsar segurados afetados por anulação de provas do acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato?

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E quando tudo parecia estar indo bem, surge um obstáculo no caminho. Foi exatamente isso que aconteceu com as boas perspectivas do seguro de responsabilidade civil de administradores, conhecido internacionalmente como Directors & Officers (D&O).

De 2014 a 2022, esse setor enfrentou uma crise desencadeada pelas investigações da Lava Jato. Parecia que tudo tinha sido superado, com vendas em alta e condições contratuais mais flexíveis para os segurados, até que a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), lançou uma sombra sobre o setor, que já estava preocupado com o risco de imagem desencadeado pelo caso Americanas.

O magistrado anulou as provas do acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato. Segundo a decisão, essa anulação se aplica a todos os processos, administrativos ou judiciais, relacionados a essas provas. Ainda não sabemos completamente quais serão as consequências dessa decisão de Toffoli, mas o assunto deixou os executivos que atuam com D&O apreensivos durante o feriado de 7 de Setembro. “Vou pensar nisso só na segunda-feira. Estou em férias agora e vou aproveitar para voltar cheio de energia para estudar este assunto com clareza”, respondeu um deles.

O seguro D&O é contratado pelas empresas para proteger seus executivos e conselheiros em casos de reclamações e ações judiciais decorrentes de má gestão. No primeiro semestre deste ano, as vendas registraram uma queda de 12,5%, passando de R$ 586 milhões para R$ 512 milhões, respectivamente. Em termos de indenizações, as seguradoras pagaram R$ 138,7 milhões de janeiro a junho deste ano, uma queda de 75% em relação aos R$ 564,4 milhões do mesmo período de 2022.

O seguro D&O cobre os custos legais de defesa desde o início do processo e se responsabiliza, até o limite da apólice, pelas perdas causadas pelo administrador. Após a conclusão do processo, a seguradora paga a indenização antes que os bens do executivo sejam confiscados pela Justiça. Se o valor da apólice não for suficiente, a Justiça toma medidas para confiscar os bens do réu a fim de cobrir os valores determinados no processo judicial.

No caso da Lava Jato, as seguradoras cobriram os custos legais, mas os segurados que foram considerados culpados ou que fizeram delação premiada foram obrigados a devolver os valores adiantados pelo seguro. O primeiro grande caso de uso do seguro D&O foi o da Petrobras em 2015, com uma apólice que cobria até US$ 250 milhões. Na época, esse valor foi considerado insuficiente diante das reivindicações de indenização de investidores locais e internacionais relacionadas à Lava Jato.

Entre 2014, ano do início das investigações da Lava Jato, e 2021, as indenizações totalizaram R$ 3 bilhões, de acordo com a Federação Nacional de Seguros Privados (FenSeg). Cerca de 80% desses valores se referem ao pagamento de custos com advogados. No mesmo período, as vendas do seguro D&O aumentaram 436% no Brasil, passando de uma arrecadação de R$ 227,6 milhões para R$ 1,2 bilhão, devido à maior conscientização sobre o produto proporcionada pela Lava Jato, às multas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que passou a fiscalizar mais o mercado de capitais e aos processos relacionados a danos ambientais e trabalhistas.

A questão que se coloca agora é: as seguradoras terão que reembolsar os segurados devido à decisão de Toffoli?

“Sob a óptica civil-securitária, as seguradoras podem continuar a sustentar a legitimidade da negativa, com base na assunção pelos segurados de atos dolosos. A nulidade penal das provas não gera automaticamente nulidade em matéria civil. Os executivos confessaram crimes dolosos. Ponto. Por outro lado, é forte o argumento de que as confissões “não atos”, forjadas sobre coação do Estado. A partir deste argumento, as empresas podem cobrar das seguradoras novamente todas as custas e despesas que tiveram na defesa e foram reembolsadas em razão da condenação”, explicou um advogado que preferiu não ser identificado.

Outro especialista importante preferiu não arriscar um palpite neste momento. “A decisão, político-ideológica em minha opinião, traz muitas consequências, sequer todas calculadas ainda. No tocante ao seguro D&O, se pagamentos foram feitos a título de ‘despesas com a defesa do segurado’, não haveria nenhuma razão para eventual estorno, mesmo porque é da essência desse tipo de cobertura defender o segurado, não importando o resultado da decisão judicial”, comentou, também sob condição de anonimato.

No caso de um segurado ter sido condenado criminalmente, acrescentou ele, as despesas já teriam sido reembolsadas às seguradoras. Agora, se o segurado foi condenado de forma culposa em tese, e a indenização foi paga pela seguradora, considerando a decisão do STF anulando todos os processos, isso cria um problema jurídico complicado, de difícil solução prática. Todas as situações específicas terão que ser minuciosamente analisadas, e neste momento é impossível estabelecer padrões de resultados.

Além da preocupação com o reembolso aos réus agora inocentados por Toffoli, há outra preocupação: a decisão, que por enquanto está limitada à Odebrecht, pode abrir precedentes para várias outras empresas, como OAS, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, UTC Engenharia, Engevix, IESA Óleo e Gás, entre outras. “É possível que abra caminho para todos os acordos de leniência que foram feitos”, avaliou Stephanie Zalcman, diretora técnica de operações e estruturação da corretora Wiz Corporate.

Se isso se confirmar, há um certo receio de uma reversão do cenário de maior competitividade que começou a se desenhar em 2023, após um período conturbado. Em 2010, o setor enfrentou perdas devido à Sadia e Aracruz, em um caso relacionado a derivativos da crise financeira de 2008. Em 2015, as perdas ocorreram devido ao envolvimento de grandes empreiteiras acusadas de pagar propinas a executivos da Petrobras e também devido ao colapso das empresas de Eike Batista, o que pressionou especialmente as empresas do setor de petróleo e gás.

Em junho deste ano, o caso Americanas gerou grande incerteza sobre os balanços financeiros de grandes empresas. A cada susto, a reação das seguradoras e resseguradoras, que respondem por mais de 50% dos riscos, é restringir coberturas, aumentar preços e franquias, além de serem mais rigorosas na obtenção de informações financeiras sobre a capacidade de gestão dos sócios e empresas, a fim de realizar uma melhor avaliação do risco.

Estima-se que cerca de 100 apólices de D&O estejam relacionadas à Lava Jato, com as principais seguradoras envolvidas sendo a AIG e a Chubb, as maiores no mercado mundial desse seguro. No primeiro semestre deste ano, as cinco maiores seguradoras em termos de receita foram Chubb (R$ 158 milhões), AIG (R$ 97 milhões), Zurich (R$ 54 milhões), Tokio Marine (R$ 47 milhões) e Akad (R$ 27 milhões), em um mercado com cerca de 30 seguradoras autorizadas a operar nesse segmento.

A FenSeg foi contatada, mas informou que “em respeito ao compliance das seguradoras associadas, no momento não se manifestará sobre o caso em questão”. A reportagem solicitou entrevistas com as principais seguradoras envolvidas nas indenizações da Lava Jato, AIG e Chubb, mas até o fechamento desta edição, não obteve respostas.

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/blog-do-cunha/estamos-caminhando-para-a-fusao-entre-moeda-e-juros/Tue, 05 Sep 2023 17:00:17 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2233978Com a tokenização da moeda, isso pode acontecer mais cedo do que esperamos. Mas como será? Quem ganhará e/ou perderá? O que mudará?

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A tecnologia atual permite que funções da moeda, como as conhecemos hoje – meio de troca, reserva de valor e unidade de conta – não precisem mais ser totalmente segregadas para que elas sejam cumpridas. Isso pode trazer uma enorme transformação em todo o sistema financeiro mundial. Explico.

À medida que as moedas são representadas em blockchains (ou, usando um termo que está mais na moda, “tokenizadas”), o uso de um determinado token representativo dessa moeda que incorra em juros para o dia a dia é uma alternativa que aparece e muda muito a estrutura e alocação de recursos.

Para exemplificar, nada melhor do que um exemplo inovador e já consolidado no mundo das criptomoedas. A LIDO Finance, que hoje é a maior plataforma de staking de Ethereum, emite para cada depositante que coloque ETH em staking por meio de sua plataforma, outro token chamado stETH, que pode ser usado livremente na plataforma Ethereum.

Fazendo um paralelo simples com o mercado financeiro tradicional, é mais ou menos como se investíssemos em um fundo em reais (BRL) e esse fundo emitisse cotas (chamarei de cotaBRL) que poderiam ser negociadas livremente no mercado, servindo inclusive para pagar a conta no supermercado ou comprar um carro, por exemplo.

Esse novo token (cotaBRL) seria uma nova moeda? Qual o risco sistêmico e de crédito que ele carregaria?

Continuando com o stETH, ele é um token que é aceito em praticamente todas as plataformas de DEFI, assim como o ETH. A diferença é que, pelo mecanismo da LIDO, esse token stETH tem uma rentabilidade atrelada a ele que vem da função que o staking de ETH provê, ou seja, garantir a rede. Aqui, o risco do staking pode ser entendido como o próprio risco da rede, já que se tivermos problemas com a blockchain da Ethereum, os ETH em staking estarão no topo da fila para responder por eles.

Uma coisa que o stETH ainda não consegue cumprir (destaque para o “ainda”) é a função de pagamento das taxas de utilização da blockchain da Ethereum, mas com a abstração de contas, é uma questão de tempo até termos tal funcionalidade. Nesse sentido, em um futuro muito próximo, é possível que a imensa maioria dos ETH esteja depositada em staking em plataformas como a LIDO, e que a “moeda” de transação na rede Ethereum, possivelmente, passe a ser tokens similares ao stETH e não mais o ETH em si.

Voltando ao mercado financeiro tradicional, imagine agora um fundo administrado pelo Tesouro Nacional do Brasil, composto única e exclusivamente por seus títulos, no qual você consegue depositar Reais (BRL) e, em troca, recebe um token representativo da cota (TesBRL) que pode interagir livremente em uma rede de blockchain disponibilizada e regulada pelo Banco Central do Brasil (já ouviu falar do DREX? 🤔).

Com o TesBRL, você poderia pagar um café, fazer compras no supermercado, comprar um imóvel, visto que ele seria amplamente aceito. Conseguiu visualizar?

Nesse cenário, tudo seria trocado por TesBRL e não mais BRL, a nossa moeda. Em termos econômicos, a TesBRL seria um passivo do Tesouro Nacional e não do BCB. E é a partir daqui que as dúvidas e perguntas se acumulam.

O Tesouro Nacional estaria emitindo diretamente moeda? Mas essa não é a função do BCB? Como separar essas duas entidades? Seria isso ainda necessário ou a tecnologia tornou essa divisão obsoleta? Como ficam as políticas monetária e fiscal? Tudo junto e misturado?

Outro aspecto dessa discussão diz respeito à enorme receita que todos os BCs incorrem por conta do monopólio da emissão de moeda, conhecido como senhoriagem no mundo econômico. Em termos simples, é a diferença entre o custo de emitir R$ 50,00 (irrisório) e o valor de face do que foi emitido. O Tesouro, em algum momento, seria capaz de emitir TesBRL sem juros e se apropriar de toda a senhoriagem referente a isso, assim como o BCB faz com o BRL?

São perguntas para os economistas responderem do ponto de vista teórico atualmente e muito provavelmente na prática nos próximos anos.

Já li alguns artigos sobre a possibilidade de termos uma CBDC de varejo que incorra em juros, e até onde conheço, esse não é o caminho de nenhum dos projetos dos BCs atualmente, principalmente pela possibilidade de disrupção do sistema financeiro atual, que é baseado em moeda fracionária e nas funções dos agentes bancários.

Um acesso digital direto da população ao Banco Central já é um tema muito discutido, mas se o BC ainda pagar juros sobre ele, isso levanta a questão de por que precisaríamos de bancos? O problema é que as funções que os bancos desempenham hoje (gestão de contas, empréstimos etc.) teriam que passar para os BCs, o que ninguém acredita que seja o caminho atualmente.

Mas o ponto que levanto aqui é outro. Não se trata de uma CBDC de varejo que pague juros. É a tokenização de um título do Tesouro que servirá como meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor, ou seja, moeda. Será o Tesouro o principal concorrente dos Bancos Centrais na questão da emissão de moedas? Muito mais do que os atuais projetos que tokenizam a moeda via stablecoins ou via a tokenização privada de títulos públicos? Estariam os BCs dormindo com o inimigo?

Pois é. Um texto com mais dúvidas do que respostas! Do tipo que adoro! 😉 E para continuar, nada melhor do que juntar uma turma de especialistas nesse assunto. Venha conosco continuar essa discussão na 11ª edição do Money Innovation da FinTrender na próxima segunda-feira (11).

Seguimos em contato nos links abaixo:
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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/tudo-clear/a-indisciplina-no-trade/Tue, 05 Sep 2023 14:00:02 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2228437Atribuir o insucesso à indisciplina no trade é frequente. Mas muitos usam o termo como justificativa para as atitudes geradas por suas próprias crenças inconscientes

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Estudos mostram que a maioria dos negociadores conseguem segurar por muito tempo operações perdedoras e não seguram operações ganhadores. O que há por trás desse padrão de comportamento?

Estudos também revelam que 80% do sucesso no mercado financeiro diz respeito ao controle emocional. Será que é verdade?

Muitos traders acreditam que seu maior problema é a indisciplina. No entanto, os mesmos traders possuem histórico de conquistas por serem extremamente focados, estratégicos e regrados. Qualidades que, em tese, pessoas indisciplinadas não têm. Concorda?

Atribuir o insucesso à indisciplina no trade é frequente. Talvez pela superficialidade ou ambiguidade dados ao conceito. Mas muitos operadores usam o termo como justificativa para as atitudes geradas por suas próprias crenças inconscientes – e não pela indisciplina.

Grandes perdas precedem crenças irreais inconscientes. Os melhores resultados vêm daqueles traders que têm preparo e autoconhecimento (e, como consequência, autocontrole). Reconhecer isso, porém, não é fácil. Faz-se necessário pontos de lucidez ou autoconceito*.

Quanto a isso, somos basicamente três tipos: aqueles que desconhecem a importância do fator emocional e, por consequência, desconhecem as próprias limitações e qualidades; aqueles que conhecem a importância do autoconhecimento (autocontrole), mas desconhecem onde e como desenvolvê-lo; e o nível ideal, que são os que conhecem a importância do autoconhecimento e treinam para desenvolver o autocontrole.

Oportunidades são frequentes, o mercado é repleto delas. Os momentos de crise, por exemplo, são conhecidos como momentos de grandes oportunidades para alguns poucos que possuem a alavanca do autoconhecimento.

Crises encobrem grandes oportunidades para aqueles que não se antecipam aos fatos. Quando conhecemos nossas limitações, podemos trabalhar a favor da atitude ideal: adaptação sem comprometer a técnica e o planejamento.

Estudos recentes apontam que maisde 90% do sucesso diz respeito ao fator emocional. Segundo Daniel Kahneman, psicólogo ganhador do prêmio Nobel de Economia, empresas têm apostado na contribuição da Inteligência Artificial para ajudar investidores e CEOs na tomada de decisão, deixando-os menos vulneráveis aos vieses que constituem “falhas” emocionais comuns a todos nós.

É possível desenvolver habilidades de autocontrole quando trabalhamos bem os próprios hábitos, evitando atitudes tentadoras mediante sentimentos de medo e ganância. Como, por exemplo, abandonar imediatamente uma negociação perdedora.

A experiencia, o treinamento e o autoconhecimento contribuem para a consistência.

* O autoconceito é o conceito que formamos sobre nós mesmos, por meio dos julgamentos que fazemos sobre nossas aptidões e comportamentos

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/o-mundo-sobre-muitas-rodas/vendendo-a-janta-para-comprar-o-almoco-no-setor-automotivo/Fri, 01 Sep 2023 19:05:36 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2232654Apesar de o mercado ter registrado uma "sobrevida" em agosto, acreditamos que ele não manterá esse desempenho até o final do ano

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Caros leitores, digníssimas leitoras,

Encerrado o “mês mais longo do ano”, o setor automotivo registrou uma sobrevida com quase 197 mil carros vendidos, representando um crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando tivemos 194 mil unidades comercializadas. Entretanto, em comparação com o mês anterior (julho), o setor registrou uma retração de pouco menos de 9%, com cerca de 216 mil carros vendidos.

No acumulado deste ano, já foram vendidos 1,35 milhão de carros, em contraste com os 1,21 milhão vendidos nos primeiros oito meses do ano passado, resultando em um crescimento de 11,2%.

Apesar deste crescimento, acreditamos que ele não se manterá até o final do ano. Quando observamos a média diária de vendas deste ano, ela está em 7,96 mil unidades por mês, enquanto no ano passado encerramos com 7,86 mil unidades por mês.

O gráfico acima mostra que em julho houve uma mega venda devido ao incentivo fiscal dado pelo governo, inflando as vendas deste ano. Isso se reflete também nos meses de junho e agosto, pois o benefício começou no final de junho e os últimos carros remanescentes se esgotaram no início de agosto. Um grande resumo deste pacote do governo é que eles “venderam o almoço para comprar o jantar” (ou melhor, venderam o jantar para comprar o almoço).

Existe algum vislumbre de melhoria à frente?

A taxa de juros de financiamento retraiu significativamente em julho, chegando a 1,81% ao mês, a menor dos últimos 21 meses, em comparação com os quase 2% ao mês registrados em janeiro deste ano.

No entanto, ainda estamos longe das taxas de 1,3% de três anos atrás, e considerando o ritmo atual da taxa base da SELIC, não deveremos ter melhoras significativas na redução da taxa.

Mas o que rolou de bom até agora neste ano?

No que diz respeito às marcas, o grande destaque foi a Honda automóveis. No ano passado, a marca enfrentou dificuldades com a morte do Civic e a falta de lançamentos, mas com a chegada do novo HRV, apresentou um crescimento notável de 42,3%, ganhando quase 1 ponto percentual de participação de mercado!

O sucesso do novo HR-V é evidente, já que foi o nono carro mais vendido em agosto, o que é notável para um veículo com preço entre R$ 150 mil e R$ 200 mil.

Outra marca que se recuperou foi a VW, que registrou um crescimento de 34% neste ano, saltando de uma participação de mercado de 12,9% no ano passado para 15,5% neste ano.

No entanto, o maior destaque de todos foi a ascensão vermelha no mercado de carros eletrificados!

Em agosto, 1 em cada 2 carros eletrificados vendidos foi de uma marca de origem chinesa (CAOA-Chery, GWM e BYD).

Quando falamos de carros 100% elétricos, a BYD abocanhou 60% deste mercado. Ou seja, a China mal chegou e já botou banca para cima de todo mundo!

E aí, o que achou? Dúvidas, me manda um e-mail aqui.

Ou me segue lá (onde sou menos perdido) no Facebook,Instagram,LinkedIneTwitter.

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dragão e tigre - Colunistas - dragão e tigrehttps://www.coupondealsclub.com/colunistas/convidados/como-o-novo-mercado-pode-ser-prejudicial-ao-investidor-minoritario/Wed, 30 Aug 2023 14:00:06 +0000https://www.coupondealsclub.com/?post_type=colunistas&p=2228410A pergunta que fica é se realmente o Novo Mercado fornece a segurança que se propôs dar. E a resposta é não

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Na década de 1990, o mercado de capitais brasileiro passou por uma crise inédita. O interesse dos investidores pela renda variável era decrescente e grande parte da liquidez foi exportada para as bolsas americanas. Dados da B3 mostram que os volumes negociados na Bolsa decresceram 46,76% a partir de julho de 1997 até o final do ano 2000 e o preço das ações se desvalorizou na mesma toada.

Diante da crise, cresceu a percepção de que a credibilidade seria fator essencial para atrair as pessoas físicas e estrangeiros de volta à Bolsa. E é neste cenário que nasce o chamado Novo Mercado, lançado em dezembro de 2000 como um segmento especial de listagem destinado à negociação de ações de empresas que adotassem, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às que são exigidas pela legislação brasileira.

Na teoria, as regras seguidas por estas empresas ampliariam os direitos dos acionistas que também se deparariam com informações mais transparentes. Além disso, o fato de emitirem apenas ações ordinárias, ou seja, com direito a voto, dava um plus às companhias listadas.

De início, o Novo Mercado foi visto com desconfiança pelos controladores das grandes companhias, que não enxergavam as vantagens de se adaptarem às suas regras. Mas, com o passar do tempo, a mudança esperada pela Bovespa aconteceu: hoje, das 68 empresas que fazem parte do Ibovespa, 42 estão dentro do segmento do Novo Mercado.

Esse número não deixa dúvidas de que a adesão ao segmento que busca dar mais proteção ao investidor foi um sucesso. Mas a pergunta que fica é se realmente o Novo Mercado fornece a segurança que se propôs dar. E a resposta é não.

Casos recentes deixam claro que estar no Novo Mercado não significa dar mais proteção aos acionistas, nem estar em conformidade com a lei.

O IRB, por exemplo, abriu capital em 2017, com o lançamento das ações no Novo Mercado da B3. A Americanas, que em janeiro deste ano divulgou um rombo milionário, também fazia parte do segmento especial de governança corporativa. Em proporções bem menores, temos o caso da CVC e Via Varejo, e por aí vai.

O fato é que a forma pela qual o segmento é vendido hoje ao investidor é uma falácia. É uma mentira bem contada que leva a muitos a preferirem investir na empresa porque ela conta com um “selo de qualidade” ao pertencer ao Novo Mercado.

Isso também faz com que o preço das ações dessas companhias tenha um plus em relação ao das outras tradicionais, mas não impede fraudes contábeis que fazem o valor dos papéis serem reprecificados pelo mercado, indo de R$ 12,00 para R$ 2,72 da noite para o dia, como no caso AMER3, levando muitos investidores a perdas de patrimônio inestimáveis.

Pior ainda é quando pensamos no exercício de direito de ressarcimento a esse tipo de prejuízo, desse dano direto.

Os gestores da Americanas tinham a obrigação e responsabilidade de divulgar informações verdadeiras aos investidores. Ao não cumprirem com esta obrigação geraram dano informacional ao mercado, principalmente aos acionistas que adquiriram ações dentro de um processo de informação que veio a se confirmar como falho e fraudulento, induzindo os investidores em uma aquisição com sobrepreço.

Hoje, as ações estão cotadas ao redor de R$ 1,00. Ou seja, quem colocou seu patrimônio ou parte dele em Americanas perdeu mais de 90% do valor investido.

Mas o que fazer?

As empresas que fazem parte do Novo Mercado ou dos segmentos diferenciados de governança corporativa contam com um “privilégio” frente às outras quando se trata de disputas com os minoritários: a obrigatoriedade do emprego da arbitragem e o uso da Câmara de Arbitragem do Mercado.

Mas o uso desses mecanismos é muito caro, com custos inalcançáveis para os minoritários, inibindo o acesso e afastando o pequeno investidor de um justo exercício de direitos de ressarcimento.

Para se ter uma ideia, somente o valor dos honorários arbitrais é de R$ 1.200,00 por hora trabalhada e a secretaria da Câmara de Arbitragem poderá solicitar às partes adiantamentos dos mais variados. É muito comum os custos de arbitragem ultrapassarem R$ 1 milhão.

Diante dos elevados custos, sem contar o desconhecimento sobre como ocorre um processo arbitral, a matéria societária e o mercado de capitais, fica praticamente impossível que um investidor com prejuízos menores, abaixo das casas dos milhões, busque seus direitos de ressarcimento.

E pior, não há um “tribunal de pequenas causas” como alternativa. Assim, em vez de ser um mecanismo rápido, especializado e acessível aos investidores para solucionar problemas no mercado, a obrigatoriedade da arbitragem como solução de disputas e a Câmara da B3 como palco para tanto acaba se tornando um escudo para as companhias do Novo Mercado.

O segmento especial de governança corporativa da Bolsa oferece, de fato, uma falsa sensação de proteção ao investidor, o maior prejudicado no jogo do mercado. A pessoa física investe acreditando que o que foi dito era verdadeiro e que, por fazer parte do Novo Mercado, a empresa é ainda mais confiável. Enganado por fraudes, como no caso Americanas, o investidor perde 90% do valor investido e não tem como recorrer.

Olhando para o panorama atual, não há como não chegar a outra conclusão: o Novo Mercado é ruim para o investidor que, ao ser machucado, abandona a renda variável e volta para seu porto seguro: a poupança.

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